O valor de um cafezinho…
Há uma frase que diz: “Uma imagem vale mais do que mil palavras”, concordo. Porém, após ter registrado este belo momento, percebi que não seria justo deixar de expressar em palavras o que presenciei numa bela manhã de domingo. Amizade, que coisa bonita simbolizada num único gesto, encenado por dois velhos amigos; uma cena espontânea, sem qualquer roteiro. Um ao perceber a dificuldade do outro, sem nenhuma cerimônia, ao vivo e a cores, sem qualquer constrangimento, toma a liberdade de servir ao amigo, e aí então eu me pergunto: quanto vale esse cafezinho? Será que tem preço? Certamente que não, jamais poderíamos mensurar. Pois, este cafezinho traz em seu conteúdo muito amor, carinho, companheirismo, colaboração, solidariedade e amizade. Sim, é disso que quero lhes contar; tive o privilégio de presenciar o gesto, uma cena que comove, nos enche o coração de alegria; é fantástica, linda e me fez lembrar um poeta (Mario Nitsche) em seu livro “O Descanso do Homem”, que ao fazer uma reflexão sobre a vida, chega a conclusão que ao final o realmente nobre é a busca a Deus e os amigos. Então, aproveito esse registro dos dois amigos para compartilhar com todos. Vamos lá… leia, vá até ao final do texto, tire uns minutinhos para refletir também; vale à pena. Você não pode deixar passar essa oportunidade; meditar sobre as palavras que dizem claramente o que existe de nobre em nossos dois personagens. Diz o poeta: “A vida é uma aventura. Uma grande aventura. É misteriosa também. Muito misteriosa. É antiga. Vem de além da noite dos tempos. Quando chegamos aqui ela já é. Demora a entendermos que ela é uma aventura, para acharmos o nosso lugar nela. A nossa aventura dentro da aventura. A vida é única e grandemente dinâmica. Não ensaiamos, não treinamos, não temos um roteiro… Simplesmente vivemos uma primeira e única vez. Acertamos, erramos e um dia saímos. Ela é perigosa também… Viver, ler, caminhar, trabalhar, escrever… Olhar as coisas, morrer, sair com amigos. São partes da aventura! Mas há mais… Nela, descobrimos o bem e o mal e decidimos por um ou outro. Ao fim, contam os relacionamentos que conquistamos e a sabedoria em mantê-los. É uma decisão, um trabalho conservá-los. Também conta a marca que vamos deixar na história importantíssima e imensa além dos nossos limites… História da qual só entendemos uma faixa espantosamente limitada… A única certeza é que vamos deixar o caminho um dia e que há uma incerteza monolítica à frente: se ele continua. Por isso o nosso descanso é a aventura, as rochas, as quedas, o suor, os amigos, o continuar e as paisagens soberbas; por isso buscamos Deus e os amigos o que na aventura da vida é a única busca nobre à nossa disposição” Lindo hein! Mozart Antoniolli – Participante da turma do café. |
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CONTO – O BOTECO. MOZART ANTONIOLLI
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